Evento culminou com duas noites de espetáculos no Teatro Municipal de Boa Vista |FOTO: Andrezza Mariot |
Um
espetáculo incomparável. Assim pode ser resumida a I Mostra de Violoncelos, que
aconteceu em duas noites (4 e 5) no Teatro Municipal de Boa Vista, e que foi o
ápice de uma semana de aprendizagem e difusão cultural na capital roraimense.
O
evento foi uma parceria entre a Viajart Foundation com a Prefeitura de Boa
Vista, por meio do Instituto Boa Vista de Música (IBVM).O primeiro espetáculo
aconteceu na sexta-feira (4), com o Concerto da Orquestra Sinfônica do IBVM. Já
a segunda noite de apresentações na Sala Roraimeira contou com o Ensamble de Violoncelos, também do IBVM.
A
Mostra oportunizou um fantástico intercâmbio entre alunos e instrumentistas qualificados,
incluindo a presença de três integrantes da Orquestra Filarmônica do Amazonas: Timóteo
Esteves, Eliziel Lourenço e Lucas Amaro.
Além
destes, os espetáculos contaram com a regência de Luciano Camargo, professor do
Curso de Música da Universidade Federal de Roraima e com a participação
especial do violoncelista Franklin Martins, coordenador pedagógico da Mostra,
que foi o solista da obra Romance para violoncelo e orquestra de Richard
Strauss.
A Mostra oportunizou um fantástico intercâmbio entre alunos e instrumentistas |
“Sendo
Roraima, até recentemente, carente de professores e instrumentistas de alta
performance em música, especialmente na área do violoncelo, a vinda de
instrumentistas e participantes de diversos estados torna-se um símbolo do
desenvolvimento da música sinfônica no Estado que, aos poucos, vai modelando
uma nova geração de jovens músicos, sob a orientação de professores altamente
qualificados, imigrados da Venezuela, que há mais de três décadas representa
uma das principais referências na formação de instrumentistas de orquestra”,
disse o maestro.
Maestro Luciano Camargo: "A vinda de instrumentistas e participantes de diversos estados torna-se um símbolo do desenvolvimento da música sinfônica no Estado" |
A
musicista Hemilly Thainá foi solista nos espetáculos da mostra. E para ela foi
uma das experiências mais marcantes, não apenas pelo impacto que é se
apresentar no Teatro Municipal – principal casa de espetáculos do Estado – como
também pelo que lhe foi proporcionado. Ela passou treze dias em São Paulo, se
preparando para o evento sob a mentoria de Chico Campos, renomado professor de
Canto da Universidade de São Paulo (USP).
“Recebi
o convite pelo professor Luciano Camargo, com quem já trabalhei em outros
projetos, tanto em Roraima quanto em São Paulo. Para mim, essa oportunidade de estar
nesse espetáculo me deu, além do prazer de cantar no teatro, também fazer boa música
com violoncelistas incríveis, tanto alunos e professores. Cresci bastante em
conhecimento, tive aulas desafiadoras. É algo que não dá para dimensionar em
palavras”, disse a jovem.
Hemilly Thainá (ao centro): "Foi uma experiência que não dá para dimensionar em palavras" |
Além
dos espetáculos, a semana foi marcada por atividades gratuitas e abertas a toda
a população, como as aulas de câmara, palestras sobre os fundamentos básicos da
prática violoncelística, instruções básicas de construção e manutenção de instrumentos
musicais (lutheria). Também aconteceram pequenos concertos em abrigos de
migrantes venezuelanos, tanto em Boa Vista quanto em Pacaraima.
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