Sucessos do músico, como “O Descobridor dos 7 Mares”, “Vale Tudo” e “Gostava Tanto de Você” serão interpretados pela Big Band do IBVM e por outros artistas locais |FOTO: Divulgação/Tim Maia |
O Instituto Boa Vista de Música (IBVM) levará ao palco do Teatro Municipal grandes sucessos de mais um super ícone da música brasileira. Agora será a vez do incomparável mestre da soul music nacional Tim Maia ser homenageado pelos músicos de Boa Vista em um show que vai acontecer neste sábado (8), a partir das 20h, na Sala Roraimeira.
No palco, os
artistas locais Marcos Twito, Kárisse Blos, Sarah Almeida e Esther Araújo – acompanhados
pela Big Band do IBVM – entoarão grandes sucessos do músico fluminense, como
“O Descobridor dos 7 Mares”, “Vale Tudo”, “Gostava Tanto de Você”, “Primavera”,
entre outros.
“São músicas
que fizeram parte da nossa vida, que nos anos 80, 90, revolucionaram o cenário
musical brasileiro, com um groove diferenciado. Será um grande espetáculo onde
as pessoas que viveram aquela época poderão relembrar grandes momentos, assim
como jovens que terão a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre esse
grande cantor, através de suas músicas”, disse o regente da Big Band, Élton
Jeferson.
Os ingressos
para o Tributo a Tim Maia já podem ser adquiridos na Bilheteria
Digital, aos valores de RS 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Mais
informações podem ser obtidas no perfil do IBVM no Instagram: @ibvmrr.
O homenageado
Sebastão Rodrigues Maia nasceu no dia 28 de setembro de 1942, na Rua Afonso Pena 24, coração do tradicionalíssimo bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Por volta dos sete anos, já compunha suas primeiras músicas.
Formou em 1956 o seu primeiro conjunto musical, Os Tijucanos do Ritmo, que faziam o circuito das paróquias cariocas com certa influência de artistas como Trio Los Pancho, Sonora Matancera e Perez Prado. O conjunto não durou por muito tempo após uma discussão e quebra de um violão, mas seu pai um admirador apostou no menino precoce, dando-o como incentivo outro instrumento. Em 1957 forma o grupo Sputniks.
Antes de completar dezessete anos, viajou para os EUA criando o conjunto The Ideals gravando a música New Love, de sua autoria. Com um grave semelhante ao de Barry White, contaminado pela sonoridade dos The Isley Brothers, sua jornada americana terminou na América do Norte sendo forçado a retornar ao seu país de origem.
Em 1968, produziu o disco “A Onda É o Boogaloo”, de Eduardo Araújo. Pioneiro, Tim foi o grande responsável por trazer a sonoridade da soul music para a Jovem Guarda. Mas a grande virada veio mesmo quando o já consagrado Roberto Carlos gravou uma canção de sua autoria, “Não Vou Ficar”, para o álbum Roberto Carlos (1969).
A canção que também fez parte da trilha sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa, foi um grande sucesso e ajudou a abrir várias portas para que Tim pudesse partir enfim, para o seu primeiro trabalho solo, um compacto lançado pela CBS em 1968, que trazia duas músicas de sua autoria chamadas “Meu País” e “Sentimento”.
Sua carreira no Brasil se consolidou a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com “These Are the Songs” (regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele e incluída no álbum “Em Pleno Verão”, de Elis) e “What Do You Want to Bet”. A partir daí, o nome de Tim Maia ganhou enorme projeção entre músicos e executivos da indústria fonográfica.
Nos anos 90, vários medalhões do pop brasileiro como Titãs, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso gravaram suas canções. Tim retribuiu a gentileza e gravou “Como Uma Onda”, de Lulu Santos e Nelson Motta, que foi trilha de um comercial de TV muito popular, e se transformou num grande sucesso.
Em 1992 amigo de longa data Jorge Ben Jor estava na crista da onda e imortalizou o apelido de “Síndico do Brasil” no refrão do grande sucesso W/Brasil, de 1992. A homenagem impulsionou ainda mais a carreira de Tim durante a década de noventa.
Depois de
conquistar sua independência com a Seroma e a Vitória Régia, Tim Maia aumentou
sua produtividade e entrou na fase mais prolífica e versátil de sua carreira.
Chegou a gravar diversos discos por ano em diferentes estilos como bossa nova,
funk, soul, baladas românticas, standarts americanos e hinos dos grandes clubes
cariocas.
Em 1998, durante uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, passou mal e teve que deixar o palco numa ambulância. Após complicações cardiovasculares, ficou internado durante uma semana no hospital vindo a falecer no dia 15 de março de infecção generalizada.
Mesmo anos
depois de sua morte, Tim Maia ainda é um fenômeno de popularidade. Seu nome
rende mais de duzentas mil buscas por ano no Google, e sua música permanece
viva como trilha sonora de festas, sonhos e paixões de milhões de fãs
espalhados pelo mundo. (Fonte: Site
oficial).
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