“TRÊS MULHERES ALTAS” | Espetáculo inicia em Boa Vista turnê pela região Norte

Suely Franco, Deborah Evelyn e Fernanda Nobre estrelam a montagem que já passou por sete cidades, acumula indicações a prêmios e já foi assistida por mais de 65 mil espectadores |FOTO: Divulgação/WB PRODUÇÕES


Após passar por sete cidades e ter mais de 65 mil espectadores na plateia, o espetáculo “Três Mulheres Altas” virá a Boa Vista para duas apresentações marcadas para os dias 11 e 12 de julho, no Teatro Municipal. Dirigida por Fernando Philbert, a nova versão da peça traz no elenco Suely Franco, Deborah Evelyn e Fernanda Nobre e contará com intérprete de libras em todas as noites.

Escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90, “Três Mulheres Altas” logo se tornou um clássico da dramaturgia contemporânea. Perversamente engraçada – como é a marca do autor – a peça recebeu o Prêmio Pulitzer e ganhou bem-sucedidas montagens pelo mundo, ao trazer o embate de três mulheres em diferentes fases da vida: juventude, maturidade e velhice.

Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Fernanda Nobre), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.

Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento. “O texto do Albee nos faz refletir sobre ‘qual é a melhor fase da vida?’, além de questões sobre o olhar da juventude para a velhice, sobre a pessoa de 50 anos que também já acha que sabe tudo e, fundamentalmente, sobre o que nós fazemos com o tempo que nos resta. Apesar dos temas profundos, a peça é uma comédia em que rimos de nós mesmos”, analisa o diretor Fernando Philbert.

O espetáculo chega pela primeira vez ao extremo norte do país, iniciando sua temporada na região por Roraima. Em um momento de fortalecimento da cultura local e da construção recente de novas plateias, o teatro tem se tornado parte da rotina das famílias roraimenses. Agora, o público macuxi será presenteado com uma experiência cênica que promete emocionar e encantar.

Em seu quarto ano consecutivo em cartaz, o espetáculo segue colecionando plateias lotadas e reconhecimento por onde passa. Nesse percurso, Deborah Evelyn foi premiada como Melhor Atriz pelo APTR e a montagem recebeu indicações a grandes prêmios, como: Cesgranrio, Bibi Ferreira e Cenym.

A última e até então única encenação do texto no Brasil foi logo após a estreia em Nova York, em 1994. Philbert e as atrizes da atual montagem acreditam que a nova versão traz uma visão atualizada com todas as mudanças comportamentais e políticas que aconteceram no mundo de lá para cá, especialmente nas questões femininas, presentes durante os dois atos da peça. Sexo, casamento, desejo, pressões e machismo são temas que aparecem nos diálogos e comprovam a extrema atualidade do texto de Albee.

Para conferir o espetáculo, basta garantir os ingressos na plataforma Sympla ou na bilheteria do Teatro Municipal de Boa Vista nos dias da apresentação.

Dirigida por Fernando Philbert, a peça — que rendeu o Prêmio Pulitzer ao autor — traz uma comédia mordaz que reflete sobre a passagem do tempo por meio de um acerto de contas entre três gerações |FOTO: Divulgação/WB PRODUÇÕES



A trajetória de um clássico instantâneo

Escrita em 1991 e lançada em 1994, “Três Mulheres Altas” representou uma virada na trajetória de Edward Albee, que recebeu as suas melhores críticas e viu renascer o interesse por sua obra. Aos 60 anos, ele ganhou o terceiro Prêmio Pulitzer, além de dois Tony Awards e uma série de outros troféus em premiações mundo afora.

A peça tem características autobiográficas e foi escrita pouquíssimo tempo depois da morte da mãe adotiva do autor, que teria inspirado a personagem mais velha. Após abandoná-la aos 18 anos, Albee voltou a ter contato com a mãe em seus últimos dias, quando já estava doente de Alzheimer. No entanto, alguns especialistas em sua obra defendem que a peça não pode ser reduzida a este fato.

“Três Mulheres Altas” vai além de ser um retrato de sua mãe. O texto traz o olhar mordaz e perverso – porque não dizer cômico – de Albee para a classe média alta americana e toda a sua hipocrisia, ao falar sobre status, sucesso, sexo e abordar a visão preconceituosa da sociedade e as relações que as três mulheres travam com o mundo, sempre atravessadas pelo filtro machista.

“Três Mulheres Altas” estreou na Broadway em 1994, no Vineyard Theatre, e no mesmo ano chegou ao West End, em Londres, no Wyndham’s Theatre, além de iniciar uma turnê pelos Estados Unidos com a montagem americana e render versões na Espanha (‘Tres mujeres altas’) e Portugal. Em 2018, o texto foi remontado na Broadway, com direção de Joe Mantello (‘Wicked’, ‘Take me out’, ‘Assassins’) e estrelado por Glenda Jackson, Laurie Metcalf e Alison Pill. No Brasil, a peça foi dirigida por José Possi Neto, em 1995, e recebeu os prêmios APCA e Mambembe de Melhor Espetáculo.





SERVIÇO:

Três Mulheres Altas

Com Suely Franco, Deborah Evelyn e Fernanda Nobre

Dias: 11 e 12 de julho (sexta e sábado)

Horário: às 20h

Local: Teatro Municipal de Boa Vista – Av. Glaycon de Paiva, São Vicente – Boa Vista/RR


Gênero: Comédia Dramática

Classificação Indicativa: 12 anos

Duração: 100 minutos

Capacidade do teatro: 1096 lugares


TRÊS MULHERES ALTAS

Direção: Fernando Philbert

Com: Suely Franco, Deborah Evelyn e Fernanda Nobre

Tradução: Gustavo Pinheiro

Direção de Produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles

Produtora Executiva: Clarice Coelho

Participação Especial: Cassio Collares

Desenho de Luz: Vilmar Olos

Cenografia: Natália Lana

Trilha Sonora: Maíra Freitas

Figurino e Visagismo: Tiago Ribeiro

Assistência de Direção: João Sena

Fotos: Pino Gomes

Criação da Arte: Nós Comunicação

Vídeos: Stone Art Films

Assistente de Interpretação: Gutenberg Rocha

Cenógrafa Assistente: Marieta Spada

Assistente de Cenografia: Malu Guimarães

Cenotécnico: André Salles e equipe

Costura de Cenário: Nice Tramontin

Produção de Arte: Natália Lana

Efeitos Especiais: Mona Magalhães / Carlos Alberto Nunes

Costura: Ateliê das Meninas

Beleza: Cinthia Rocha

Peruqueira: Emi Sato

Assistentes de Beleza: Deborah Zisman e Blackjess

Técnico de Som: Bernardo Aragão

Técnico de Luz: Bernardo Amorim

Diretor de Palco: Lucia Martiusso

Camareira: Silvia Oliveira

Ponto Eletrônico: Gutenberg Rocha

Assessoria de Imprensa: Phueblo Caliri Gestão de Mídia: R+ Marketing

Motion Design: JL Studio

Marketing Digital: Válvula Marketing

Designer Gráfico: Alana Karralrey e Jhon Lucas Paes

Gestão de Comunicação: Ismara Cardoso

Gestão de Tráfego: Válvula Marketing

Intérprete de Libras: Karina Zonzini

Coordenação Administrativa: Vianapole Arte e Comunicação

Assistente de Produção: Guilherme Balestrero

Assessoria Jurídica: Maia, Benincá & Miranda Advocacia

Assessoria Contábil ES: Gavacon Contabilidade

Assessoria Contábil SP: Real Time Contabilidade

Apresentado por: Ministério da Cultura e Bradesco Seguros

Patrocínio: Vivo

Produção: WB Produções

Realização: WB Entretenimento


Com informações de WB Produções

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