Mostra Tamoaki celebra grandes destaques do cinema roraimense

 

Cena de "Rabiola" (Thiago Bríglia): Mostra nasceu da vontade de afirmar a existência e vitalidade do cinema roraimense através de um evento audiovisual de vanguarda 

Nos próximos dias 13 e 14, acontece a I Mostra Tamoaki, uma ode às produções audiovisuais de Roraima e da Amazônia, com a exibição de dez filmes na Toca da Bruxa, a partir das 19h (veja cronograma abaixo), gratuitamente. 

Além das exibições, a mostra vai contar com rodas de debate, nas quais realizadores, críticos de cinema, acadêmicos, pesquisadores, profissionais do audiovisual, imprensa e público poderão estabelecer diálogos audiovisuais. 

A mostra nasceu da vontade de afirmar a existência e vitalidade do cinema roraimense através de um evento audiovisual de vanguarda que vai reunir produções de cinema locais numa programação cultural e de entretenimento oferecida gratuitamente ao público. 

Além disso, a Tamoaki será um espaço de confraternização onde os amantes do cinema poderão celebrar os filmes feitos em Roraima e trocar ideias. A mensagem é: “Estamos aqui no extremo norte do país produzindo cinema e não vamos parar”. 

Discussões – Na primeira noite do evento (quinta-feira), o debate contará com a participação de realizadores locais de cinema, onde serão abordados os desafios de filmar em Roraima e quais soluções foram encontradas para isso. O objetivo desse encontro será mapear os obstáculos possíveis e compartilhar as soluções encontradas. 

Já na sexta-feira (14), o debate será em torno da produção recorde de filmes no Estado em 2021, devido à Lei Aldir Blanc. Nessa mesa-redonda, esse e outros assuntos serão lançados com o objetivo de ajudar os filmes produzidos a alcançar a maior quantidade de espaços possíveis e  também de plantar sementes para futuras produções cinematográficas. 

A mostra é promovida pela Escola de Cinema, Comunicação e Artes da Amazônia (ECCA), com apoio da Platô Filmes, Toca da Bruxa, Associação Curta Roraima (ABDeC-RR) e Coletivo Binário. A Toca da Bruxa, local do evento, está localizada na avenida Benjamin Constant - 761 - Centro.

 

Confira a programação:

 

DIA 13 (QUINTA-FEIRA) 

19:00 -  Abertura da mostra

19:10 -  Mesa redonda - Tema: Filmar em Roraima - Potencial e desafios.

Debatedores: Artur Roraimana, Elisa Coimbra e Eder Santos

Mediação: Frederico Martins

20:30 - Exibição dos filmes “A inacreditável história do milho gigante”; “Lavradeiro” “Palasito” “Mike” e  “Maikan”

 

Sinopses dos Filmes: 

A INACREDITÁVEL HISTÓRIA DO MILHO GIGANTE (Aldenor Pimentel, Roraima, 5 min, 2021): No meio do lavrado, uma pequena formiga encontra um milho gigante. O Tamanduá aparece e se dispõe a cuidar do alimento, enquanto ela busca ajuda dos parentes para levar o milho até o formigueiro. Será que a formiga confiará no seu maior predador? 

LAVRADEIRO (Luiz Cláudio C. Duarte, Roraima, 13 min , 2018) : Lavradeiro retrata a história de um animal que têm suas últimas espécies sobrevivendo nos campos gerais no extremo norte do Brasil. Os relatos nos fazem entender como o cavalo lavradeiro se desenvolveu nos campos de Roraima, com seus ecossistemas baseados em ambiente de lavrado, que são o palco onde ainda vive um dos últimos cavalos totalmente xucros do país. 

MAIKAN (Éder Santos e Enoque Raposo, Roraima, 13 min, 2020):  na língua indígena Macuxi significa 'raposa'. No documentário são tratadas a memória e a cultura do povo Macuxi da comunidade Raposa, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, estado de Roraima, com seu modo de vida e processo milenar de ocupação nômade das serras e campos do entorno do Monte Roraima, berço de Makunaima. A comunidade da Raposa está situada atualmente nos campos, fundada a partir da narrativa mítica da fuga da Raposa nas serras, que foi perseguida pelos seus donos: Anikê e Insikiran, filhos de Makunaima, definindo a morfologia e as narrativas dos lugares de afeto. Uma cultura forte, que resiste e dialoga com a sociedade do entorno. 

MIKE (Cláudio Lavôr, Roraima, 25 min, 2021): Narrado em primeira pessoa por Marcos Alessandro Edwards, nascido em Georgetown, República Cooperativa da Guiana, é um autorretrato íntimo de um artista, hoje naturalizado brasileiro e residindo em Boa Vista,  que lembra, através de uma imersão na sua memória e na sua arte musical, os momentos que marcaram e provocaram mudanças singulares em sua vida: a do imigrante que conseguiu reconhecimento com sua arte musical, surgindo então, o cantor e compositor de reggae Mike Guy-Bras. 

PALASITO (Alex Pizano, Roraima, 25 min, 2021): Ao presenciarem a queda de um meteorito em uma região de serras no norte de Roraima, um grupo trava um verdadeiro jogo de interesses pela posse do artefato celeste que por sua vez exerce curiosa influência sobre seus comportamentos. 


DIA 14 (SEXTA-FEIRA) 

19:00 -  Mesa redonda - tema: Caminhos daqui para frente.

Debatedores: Thiago Briglia, Cláudio Lavôr e João Vieira Torres

Mediação: Elder Torres

20:30 -  Exibição dos Filmes "Vassôra", “Rabiola”; "Nome Sujo"; “Quando me senti diferente” e “Barco” (convidado) 

 

Sinopses dos Filmes 

NOME SUJO (Artur Roraimana, Roraima,15 min, 2021): Lucas é um jovem adulto que já precisa lidar com a responsabilidade de trabalhar para se sustentar. Quando uma câmera fotográfica que ele queria muito comprar entra em promoção, o jovem inicia uma busca por meios de realizar seu desejo. 

RABIOLA (Thiago Briglia, Roraima, 15 min, 2021): Três crianças, Bernardo, um garoto brasileiro, Jeferson e Josiris, duas crianças venezuelanas, travam uma batalha no céu para ver quem derruba o papagaio de quem. Quando isso acontece, uma nova disputa começa. 

VASSÔRA (Elisa Coimbra, Roraima, 10 min,  2020): “Non sequitur: expressão em língua latina que designa a falácia lógica na qual a conclusão não decorre das premissas: inter relacional, causa e efeito: vida em sociedade patriarcal: vassôra”. 

QUANDO ME SENTI DIFERENTE (Tallon Almeida, Roraima, 12 min, 2021): Todo LGBT+ que expressa sua forma de amar e viver, em algum momento já se sentiu deslocado da sociedade em que vive. Sejam pelos olhares, pelos comentários feitos aos cochichos, pelos familiares que falam “esse teu filho aí, hein... não sei não”. Neste vídeo, o Boa Bixa pergunta a LGBTs roraimenses: quando (e como) você percebeu que era diferente? 

 

FILME CONVIDADO

BARCO (João Vieira Torres, França/Brasil, 15 min, 2021): Barco apresenta sete memórias da primeira infância, ditas por sete vozes diferentes, enquanto a câmera foca as cores desbotadas e o grão exagerado das fotografias de família do início dos anos 80. De quem são esses rostos e memórias? O filme incentiva o público a interrogar suposições sobre gênero, memória e morte.

Com informações da Escola de Cinema e Comunicação da Amazônia


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