Ideólogo responsável por um dos poucos manifestos musicais autênticos na América Latina, Duprat utilizou métodos radicais para criar uma nova frente cultural no país |FOTO: Divulgação |
Sabe
o que o que Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes e muitos outros têm em
comum? Além de dar ‘brasilidade’ à música feita no país nos anos 60 e 70, todos
contaram com a mente célebre do maestro Rogério Duprat, principal compositor e
arranjador do movimento. E é justamente sua trajetória e influência que serão
tema de uma palestra online ministrada nesta terça-feira (3), a partir das 18h
(horário local), promovida pelo Colégio Claretiano.
Rogério
Duprat teve sua formação ligada a membros da Escola Livre de Música de H. J.
Koellreutter, com os quais formou o Grupo Música Nova, tendo sido redator do
seu Manifesto, em 1963. Nos anos seguintes, trabalhou com alguns dos principais
nomes da música popular dos anos 1960 e 1970 como arranjador. O disco “Tropicália”,
de 1968, foi um marco na história da música brasileira, que contava com nomes
como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa, Os Mutantes e Nara Leão.
Ideólogo
responsável por um dos poucos manifestos musicais autênticos na América Latina,
Duprat utilizou métodos radicais para criar uma nova frente cultural no país. O
movimento batizado como “Música Nova Brasileira” resgatava os ideais da Semana
de Arte Moderna de 1922 e pretendia “internacionalizar a vanguarda brasileira”.
Morreu em 26 de outubro de 206, em São Paulo, de 74 anos, do mal de Alzheimer,
no hospital Premier, na zona sul de São Paulo.
A
palestra terá como facilitador Prof. Dr. Eduardo Kolody Bay, como forma de
aprofundar contextualmente as relações de Duprat não apenas com a Tropicália
como também com o movimento música nova e o consumo de música no Brasil, que
influenciou e influencia a educação musical no país.
O
palestrante possui bacharelado (2006) e licenciatura (2008) em História pela
Universidade de Brasília; mestrado (2009) e doutorado (2017) em História pela
Universidade de Brasília pesquisando os seguintes temas: Tropicália, Música
Popular, Música Nova, Modernismo, Nacionalismo, Identidades, Cultura. Possui
Licenciatura em Música pelo Claretiano (2021). Atua também nas áreas de
Produção Musical, Música Instrumental, Performance, Arte e Tecnologia,
Fotografia e Audiovisual.
Foto da icônica capa do álbum "Tropicália ou Panis Et Circensis", de 1968 |
As
inscrições estão abertas e podem
ser feitas diretamente no site do Colégio Claretiano, gratuitamente. Porém,
quem quiser receber certificado de participação na palestra, pode investir com
o valor de R$ 12,99. O público-alvo são alunos do curso de Licenciatura em
Música, História ou qualquer pessoa interessada nos temas propostos.
Com
informações da Rede Claretiano
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