Artistas e ciclistas de RR celebram novo ato em memória à "Palhaça Miss Jujuba"

A proposta do evento é levantar a bandeira contra a violência de gênero. Artista foi brutalmente assassinada em Presidente Figueiredo (AM), o fim do ano passado |FOTO: Claudio Chena



Como forma de manter viva a memória e o legado da artista Julieta Hernández, a Palhaça Miss Jujuba, um grupo de artistas, ciclistas e apoiadores promovem nesta sexta-feira (12) um novo ato simbólico em sua homenagem. O evento terá início às 16h, com uma bicicletada partindo do Instituto Biriba, bairro Jardim Floresta, se encerrando com um show musical na Praça do Centro Cívico.

Além de homenagear a artista, a proposta do evento é levantar a bandeira contra a violência de gênero, destacando a importância da conscientização e da luta por um mundo mais seguro para todas as mulheres. Julieta foi brutalmente assassinada no fim do ano passado, em Presidente Figueiredo (AM), quando fazia uma viagem de bicicleta rumo à cidade de Porto Ordaz, estado Bolívar (sul da Venezuela), onde a palhaça se dirigia para reencontrar a mãe.

A rota da bicicletada sairá do Instituto Biriba, passando pela avenida Brigadeiro Eduardo Gomes (DETRAN), Complexo Airton Senna, Praça das Águas, com chegada ao Centro Cívico. Lá se apresentarão os artistas Milena Macuxi, Ben Charles, Leka Denz, Euterpe, Mike Guy Braz, além de artistas circenses, entre outros.

Em Boa Vista, este será o segundo ato pela memória de Julieta. O primeiro ocorreu no último domingo (7), também no Instituto Biriba, onde ocorreram manifestações artísticas via música, poesia, microfone aberto, além da pintura de arte mural em sua homenagem.  

A artista - Julieta Hernández tinha 38 anos, era artista circense, ciclo viajante e bonequeira. Julieta viajava de bicicleta pelo Brasil desde 2016 e se apresentava nas ruas e teatros do país caracterizada por sua personagem, a palhaça Miss Jujuba. Ela estava no Brasil há 8 anos. Fazia parte do grupo do "Pé Vermêi" e pedalava por diversos estados do país fazendo apresentações circenses.

Julieta viajou pedalando desde o Rio de Janeiro, passando por cidades do Maranhão e Pará, até chegar ao Amazonas. Do estado, ela seguia de bicicleta para Roraima, via BR-174. Em Presidente Figueiredo, foi morta, enforcada com uma corda e teve seu corpo enterrado em uma cova rasa nas proximidades do local onde estava. O casal suspeito de cometer o crime está preso preventivamente, aguardando os resultados da investigação e devidos procedimentos jurídicos. 



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