HILDA FURACÃO| Pela primeira vez em Roraima, Orquestra Ouro Preto apresenta a ópera no Teatro Municipal

Adaptação do aclamado romance de Roberto Drummond conta com Carla Rizzi como a protagonista e grande elenco |FOTO: Rapha Garcia



Nos próximos dias 31 de outubro e 1º de novembro, às 20 horas, a Orquestra Ouro Preto apresenta pela primeira vez em Boa Vista a montagem operística Hilda Furacão. As apresentações serão no Teatro Municipal de Boa Vista - Sala Roraimeira - integrando a turnê nacional 2025 do espetáculo, que leva para os palcos de quatro capitais brasileiras - SP, BH, Rio, Curitiba e Boa Vista - uma versão inédita de uma das personagens mais icônicas da literatura e da teledramaturgia brasileira.

O projeto conta com o patrocínio da Petrobras, que há mais de 40 anos investe na cultura como uma força transformadora, apoiando iniciativas em todo o país que promovem a diversidade, valorizam a identidade nacional e ampliam o acesso à produção artística brasileira.

Adaptação do aclamado romance de Roberto Drummond, ambientado em Belo Horizonte e imortalizado na célebre minissérie dos anos 1990, o espetáculo traz música original de Tim Rescala e direção de cena de Julliano Mendes. A regência é do maestro Rodrigo Toffolo. Com libreto em português e dividida em dois atos, a ópera celebra a riqueza da cultura brasileira e mergulha nos dilemas éticos, sociais e religiosos de uma época marcada por contradições.

A protagonista é vivida pela mezzo-soprano Carla Rizzi, que retorna à cena com a Orquestra após sua atuação em Auto da Compadecida, a Ópera. Ao seu lado, o tenor Anibal Mancini interpreta Frei Malthus, trazendo ao palco a intensidade do conflito entre desejo e fé. Completam o elenco de solistas Marília Vargas (Loló Ventura), Marcelo Coutinho (Nelson Sarmento), Johnny França (Aramel) e Fernando Portari, que assume o papel de narrador e do próprio autor, Roberto Drummond. A montagem conta ainda com a participação de um coro com 16 vozes, que contribui para a densidade dramática e musical da obra.

Anibal Mancini interpreta Frei Malthus |FOTO: Rapha Garcia



Nos bastidores, Luiz Abreu assina a direção de arte; Paula Gascon, os figurinos; Tiça Camargo, o visagismo; Carol Gomes, a cenografia; e Bruno Corrêa, a engenharia de som. A época em que a história se passa ganha vida com as cores e a ousadia da Orquestra Ouro Preto, que imprime sua identidade visual e cênica à montagem. O resultado são cenas impactantes, cheias de surpresas, que ampliam o drama e a potência narrativa da ópera.

Na partitura original, Tim Rescala incorporou elementos do universo musical popular da época retratada no romance, como músicas brasileiras, boleros e sucessos radiofônicos, ao discurso operístico tradicional, criando uma obra híbrida entre a ópera e o musical.

Orquestra Ouro Preto imprime sua identidade visual e cênica à montagem |FOTO: Rapha Garcia



O romance do escritor mineiro conta a história de Hilda, uma jovem bela e rebelde que rompe com as expectativas ao abandonar sua vida de prestígio e refugiar-se na zona boêmia da capital mineira. Sua jornada se entrelaça com a de Frei Malthus, um jovem religioso determinado a transformar a vida dos habitantes da região. Esse encontro desencadeia uma série de conflitos éticos e sociais, em um confronto entre desejo e dever, liberdade e moralidade. Uma narrativa que encontra na ópera a linguagem perfeita para seu desenvolvimento dramático, somando-se ao panteão de grandes heroínas do gênero, como Carmen e Aída, e consolidando o caminho para a criação de uma ópera nacional que dialoga com nossa história, cores e sons.

“Hilda tem todos os elementos para se tornar uma ópera: uma trama instigante e trágica, personagens fortes e uma grande carga emocional”, afirma o compositor Tim Rescala. Para o maestro Rodrigo Toffolo, “Hilda é uma protagonista perfeita para esse ciclo de óperas brasileiras que a Orquestra Ouro Preto vem desenvolvendo. É uma personagem feminina forte, com reflexões profundas sobre liberdade, destino e imposições sociais”.

Com esta produção, a Orquestra reafirma seu compromisso com a criação de um repertório operístico brasileiro, acessível, contemporâneo e enraizado na identidade cultural do país.

Obra apresenta a intensidade do conflito entre desejo e fé |FOTO: Rapha Garcia



Sobre a Petrobras

A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição energética justa. A Cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há mais de 40 anos projetos que contribuem para cultura brasileira e se fazem presentes em todos os Estados brasileiros.




Ópera Hilda Furacão

Datas: Dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2025
Horário: às 20h
Local: Teatro Municipal de Boa Vista – Av. Glaycon de Paiva, São Vicente
Ingressos: À venda no Teatro e na plataforma ShopIngressos
Patrocínio: Petrobras, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Classificação indicativa: 12 anos

Por Marina Avellar - Lupa Comunicação

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