Espetáculo reuniu a Orquestra Sinfônica do IBVM e o Coral Universitário da UFRR em um concerto com obras de Beethoven e Mozart |
O Teatro
Municipal de Boa Vista recebeu nesta quinta-feira, 23, mais um grande
espetáculo do projeto Ciclo das Quintas, com ênfase em grandes compositores da
história mundial. Dessa vez, a Orquestra Sinfônica do Instituto Boa Vista de
Música (IBVM) e o Coral da Universidade Federal de Roraima apresentaram um
concerto com obras de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven.
O concerto
foi dividido em dois momentos. No primeiro, a Orquestra Sinfônica do IBVM
apresentou duas obras de Mozart: a abertura da ópera "As bodas de
Fígaro" e a Sinfonia nº 41 em Dó maior "Júpiter". Esta
foi a última das sinfonias escritas pelo compositor austríaco e é caracterizada
por uma monumentalidade inédita em suas obras sinfônicas.
A sinfonia é
composta por 4 movimentos: Allegro vivace - um movimento vívido e
intenso; Andante cantabile - um movimento lírico e delicado, com grande
profundidade emocional; o Menuetto Allegretto, a animada estilização da
dança aristocrática do século XVIII e o célebre movimento final, Molto
Allegro, que apresenta o contraponto estrito que confere monumentalidade à
obra que, em sua publicação, ganhou a alcunha de "Júpiter".
Já o segundo
momento contou com a apresentação do Coral Universitário, que entoou a breve
cantata Mar tranquilo e Próspera viagem (op. 112), de Beethoven. A obra
é dividida então em duas partes: Mar tranquilo, que é uma introdução
lenta e melancólica e representa a agonia do barqueiro, e a Próspera viagem,
uma música agitada que invoca o movimento animado do barco navegando com a
força dos ventos que voltam a soprar.
Para o
maestro Luciano Camargo, regente do espetáculo, mesmo em dias em que há mais
ênfase e destaque à música “comercial”, ainda há espaço na sociedade para a música
de concerto, também conhecida como “clássica” ou “erudita”, tendo em vista seu
valor e relevância ao longo da história.
“Em uma
sociedade na qual se pratica uma música que fica ‘velha’ em poucas semanas,
considero uma missão poder demonstrar que as grandes obras de arte nunca perdem
a atualidade. Por esta razão, a grande música brasileira não é aquela que
esteve um dia na posição de ‘mais tocada’ em uma plataforma de streaming
de música, mas aquela música que foi escrita antes de nossa geração nascer, e
até hoje é cantada por todas as gerações. Assim são os clássicos: eternos”,
disse.
Confira algumas imagens do evento:
Fotos: Fabiane Barros e Welika Matos
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