Selecionado pela 13ª vez para um festival de cinema, "Palasito" é um filme necessário

Cena de Palasito, com a professora Quésia Pereira, de Uiramutã: a ganância e exploração ilegal do homem em cima das terras dos povos originários são alguns dos temas abordados pelo curta roraimense |FOTO: Biosphere Records

Um grupo de pesquisadores presencia a queda de um meteorito. Curiosos quanto ao potencial científico [e financeiro] do artefato, estes se envolvem em um intenso conflito de interesses. Esta é a sinopse de Palasito, um verdadeiro tesouro do cinema roraimense selecionado pela 13ª vez para participar de um festival de cinema e altamente necessário para compreender a ganância da humanidade.

Produzido pela Biosphere Records e coproduzido pela Platô Filmes, o curta foi selecionado para o seu oitavo festival internacional. Dessa vez, o filme roraimense será destaque no Kalakari Film Fest, dia 18 de março, em Indore, Índia. Além disso, foi premiado em outros festivais, sendo o mais recente o 5º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul/SC, vencendo nas categorias “Melhor Curta-metragem Ficção/Suspense”, “Melhor Fotografia” e “Melhor Figurino”.

“O reconhecimento nacional e regional sempre eu corri atrás, para mostrar nosso trabalho no campo do cinema roraimense. Mas não imaginava uma trajetória internacional tão expressiva até aqui. Fiquei surpreso e feliz com todas as indicações. É um reconhecimento que além de nos encher de orgulho, nos motiva muito artisticamente’, afirma o diretor da obra, Alex Pizano.

Cena de "Palasito": Internacionalmente, a obra já passou por festivais no Reino Unido, França, USA, Alemanha, África do Sul, Holanda, Itália, e agora Índia |FOTO: Biosphere Records

O filme adota estética que remete a obras icônicas de John Carpernter – inclusive a trilha sonora –, além de ter forte inspiração nos contos de H.P. Lovecraft. Dessa forma, o curta alia o sobrenatural a nuances de crítica sociopolítica. Internacionalmente, Palasito também já passou por festivais no Reino Unido, França, USA, Alemanha, África do Sul, Holanda e Itália.

Além de um roteiro bem estabelecido, um elenco primoroso e ótimos efeitos visuais, a mensagem de Palasito explica muito bem o sucesso que conquista dentro e fora do país. Basta olharmos para os noticiários desde o início do ano envolvendo a batalha que é travada para impedir o avanço do garimpo ilegal nas terras indígenas, em especial na terra Yanomami.

Palasito conta com um destaque especial em seu elenco: a professora Quesia Pereira, natural da região de Uiramutã (onde o filme foi produzido e ambientado) que no curta vive a sábia e misteriosa indígena que alerta quanto aos males que o tal meteorito irá trazer ao longo da história. Uma imagem em tanto.

Para Pizano, o filme ilustra bem a realidade que a humanidade vive quando poderosos subjugam outros, motivados por suas ambições escusas. “De fato, uma das características da obra é a mensagem sobre a ganância e exploração ilegal do homem em cima das terras dos povos originários. É uma das principais alegorias apresentada na trama. Mais atual, impossível”.

Confira aqui o trailer de Palasito

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Ficha Técnica

Ano: 2021

Duração: 25 minutos

Gênero: Suspense / Ficção Científica

Elenco: Loredana Kotinski, Gustavo Andrade, Orib Ziedson, Fabiana Stefnne, Leo Tarolla, Luciano Torres, Quesia Pereira.

Realização/Produção: Biosphere Records Audiovisual

Coprodução: Platô Filmes

Direção/Roteiro: Alex Pizano

Produção Executiva/Assistente de Direção: Cláudio Lavôr

Direção de Fotografia: Adriana Duarte Bencomo

Produtora de Set: Lucy Ferraz

Imagens Aéreas: Thiago Briglia

Efeitos CGI: Gideon Serique

Montagem/Edição/Finalização: Alex Pizano

Continuístas: Artur Gabriel e Lucy Ferraz

Trilha Sonora Original: Cláudio Lavôr

Fotografia Still: Márcio Lavôr

Make Effects: Lucy Ferraz

Maquiagem: Rosineide Lopes

Platô: Michel Nascimento

Design de Produção/Figurino: Alex Pizano e Cláudio Lavôr

Som Direto: Cláudio Lavôr

Assistentes de Som Direto: Lucy Ferraz e Michel Nascimento

Desenho de Som/Edição e Mixagem de Som: Cláudio Lavôr

Assistente de Edição e Mixagem de Som: Klaus Kirk Lavôr