Por meio do Manual de Implementação do Etnoturismo em Terras Indígenas, o Estado demonstra expertise em lidar com o tema |FOTO: Reprodução/DETUR/SECULT/RR |
Desde
2019, Roraima desenvolve um trabalho pioneiro nacionalmente, o “Programa de
Turismo em Terras Indígenas”, que contempla o apoio às comunidades para a
recepção de visitantes que procuram vivenciar as experiências em meio à imersão
no seu dia a dia. Tais experiências foram reunidas no “Manual de
Implementação do Etnoturismo em Terras Indígenas”, que começa a ser
compartilhado com outras regiões do país.
O
manual foi lançado no último dia 7, em Altamira (PA), durante o III Concerto
Ambiental de Altamira, evento destinado a discutir a situação ambiental daquela
região, além de definir estratégias para harmonizar o meio ambiente com o
desenvolvimento econômico do município.
Na
ocasião, o diretor do Departamento de Turismo de Roraima (DETUR), Bruno Muniz,
falou sobre o Turismo Ambiental, com destaque para o tema “Etnoturismo e
Visitação Turística em Terras Indígenas”. Ou seja: o momento mais que oportuno
para as principais representações do turismo do país, sobretudo da Amazônia,
conhecerem o que já vem dando certo em Roraima há cinco anos.
“O
Manual surge para atender um desafio nosso desde 2019, quando iniciamos os
trabalhos em terras indígenas para apoiar e fortalecer o modelo de etnoturismo
que as nossas comunidades desejavam trabalhar naquele momento. É uma primeira
edição, mas nós pretendemos, em breve, ampliar, atualizar e trazer novos
conteúdos, além de formular novas propostas dentro desse contexto, para apoiar
as comunidades na elaboração dos seus planos de visitação e dos seus modelos de
turismo”, destacou Bruno.
O Programa de Turismo em Terras Indígenas de Roraima é referência nacional |FOTO: Divulgação/DETUR/SECULT/RR |
CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O MANUAL
Para
tornar o manual o possível, o Detur – que integra a Secretaria Estadual de
Cultura e Turismo (SECULT) – reuniu toda a expertise necessária, sistematizando
todas as informações referentes ao Programa desenvolvido em Roraima, dentro de planejamentos
vigentes de pronto, médio e longo prazo, inclusive o Plano Estadual de Desenvolvimento
Sustentável do Turismo (Turismo 2030), que inclui em seu escopo o Programa de
Desenvolvimento Regional do Turismo em Terras Indígenas.
O
lançamento do manual em Altamira se torna um ponto de partida para a expansão
dessa ideia para a região norte, sobretudo os Estados que compõem as Rotas Amazônicas
Integradas da Região Norte (RAE). Segundo Muniz, estados como Amazonas,
Rondônia e Maranhão já demonstraram interesse pelo material.
“Isso
é um orgulho para a Roraima, ter um material de excelência, de qualidade e que
possa se tornar referência para todo o país no tema. Nós já
enviamos o manual para todos os Estados da RAE e já solicitamos para que enviem
esse manual para os municípios que têm a vocação para o etnoturismo”.
O manual foi lançado em Altamira (PA): na imagem, o diretor do DETUR, Bruno Muniz, e o prefeito de Altamira, Claudomiro Gomes |FOTO: Divulgação/DETUR/Secult/RR |
O
manual, assim como foi em Altamira, já tem data de lançamento em importantes
eventos turísticos do país, como o Festival Folclórico de Parintins (28,
29 e 30 de junho), no Amazonas; a Expo Turismo (4 a 6 de julho) em
Rondônia e a Feira Internacional de Turismo da Amazônia -FITA 2024 (23,
24 e 25 de agosto), em Santarém (PA).
“Esse
ano, nós também vamos enviar para os demais estados interessados que
demonstrarem o interesse em receber as informações, como é o caso do
Maranhão, que já entrou em contato e solicitou uma reunião online para a
apresentação do manual”, finalizou Bruno.
Lago Caracanã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Normandia |FOTO: DETUR/SECULT/RR |
Outros destaques – Para se ter uma ideia, o Programa de Turismo em Terras Indígenas de Roraima foi um dos vencedores do Prêmio Nacional do Turismo, na categoria “Gestão e Governança do Turismo”, ocorrido em dezembro do ano passado.
Além
disso, o Estado conta com mais de 130 roteiros turísticos, distribuídos entre
todos os 15 municípios, que envolvem desde o turismo de aventuras, ecoturismo,
observação de aves, lazer e até o etnoturismo.
Um
dos exemplos é o município de Caroebe, tendo a pesca esportiva como seu
principal carro-chefe. A região das cachoeiras do Apiau, entre Mucajaí e
Iracema, também é outro importante roteiro. No sul do estado, Rorainópolis
também vem gerando muita visitação. O trabalho nas comunidades indígenas, com o
etnoturismo, também segue firme.
0 Comentários