ARTE NA PANDEMIA| Mesmo em meio ao "caos", Celso Lima manda o recado: "A música não pode parar"

Celso atua profissionalmente há mais de dez anos e já passou por diversas bandas, inclusive com destaque internacional |FOTO: Ever Rodrigues

Nesta segunda etapa da nossa série Arte na Pandemia, vamos conhecer o trabalho do músico, professor e maestro Celso Lima, que é outro grande artista local que tem superado todas as barreiras impostas pela covid-19 e tem demonstrado que a arte é dinâmica e não pode parar jamais. Por meio das redes sociais, ele tem apresentado seu trabalho, inclusive por meio de parcerias. 

Natural de Natal (RN), Celso iniciou seus estudos na música de forma autodidata em meados dos anos de 2005. E em 2007, iniciou o seu trabalho profissional no mundo da música, acompanhando cantores e participando de bandas em vários estados. Em Boa Vista, trabalhou com diversas bandas e cantores, porém não se apegou apenas um estilo musical.  

Ele passou por diversos segmentos, como rock, sertanejo, forró, jazz e muito mais. Entre os trabalhos em que esteve envolvido, destacam-se: Pipoquinha de Normandia, Chapéu de Couro, Paçoquinha, Caribe Show, Banda Arikek, Bicho Solto dentre outros e vários cantores como: Edvan Santini, Marcio Alexandre, Junior Pegada, Nadinne Leal, entre outros.


"Amazon River", de Dori caymmi

Em 2013, o músico iniciou sua graduação compondo a primeira turma do Curso de Licenciatura em Música pela Universidade federal de Roraima, onde graduou-se em agosto de 2017. O que consolidou sua carreira musical. Porém, antes mesmo de obter o diploma, sua carreira já estava bastante firme e já alçava voos bem altos (Veja logo mais abaixo).

Durante a pandemia, Celso tem produzido bastante material para seu canal no Youtube e também para as suas redes sociais.  Recentemente, lançou dois vídeos onde interpreta canções brasileiras com a parceria de duas amigas cantoras. O primeiro vídeo contou com a participação de Victória Luna, entoando a obra "Chega de Saudade", de Antônio Carlos Jobim. O segundo teve a voz de Priscilla Araújo, na canção "Num corpo só", de Maria Rita.

"Não deixamos de ser humanos, por conta da pandemia. Portanto, não deixamos de sentir e nem de se expressar. Então nos adaptamos e, sem barreiras geográficas, continuamos a fazer o que amamos, levando a cada pessoa que nos assiste um misto de sentimentos bons, transmitido por nossa música", ressalta o músico. 

Celso e Victoria Luna interpretam "Chega de Saudade", de Antônio Carlos Jobim



Priscilla Araújo canta "Num corpo só", de Maria Rita



Trajetória premiada

Em junho de 2016, Celso foi agraciado com uma premiação como Produtor musical e Guitarrista de grande destaque, em Caracas, Venezuela. "Isso que foi de muita importância para minha formação e interação com artistas e culturas externas ao Brasil e que me abriu outras portas para eventos internacionais", conta o músico.

Ao longo de sua carreira, Celso foi premiado diversas vezes, em reconhecimento ao seu talento e envolvimento com a música |FOTO: Ever Rodrigues

Em dezembro do mesmo ano foi agraciado com o prêmio Latin Music Awards, como produtor e guitarrista brasileiro de destaque na música latina, também em Caracas. E em 2017, também foi premiado como produtor e guitarrista no Latino Americano de Ouro, evento sediado na Cidade do Panamá (Panamá). Chegou a ser convidado para outros eventos, nos quais, infelizmente, não pode participar por falta de patrocínio. 

Educação Musical 

Além dos palcos, Celso também se encontrou no meio acadêmico. Atualmente, está terminando sua especialização em ensino de performance e é professor do curso de Música na UFRR. Também atua como coordenador do projeto de violões do Instituto Boa Vista de Música (IBVM), onde também é maestro da Orquestra de Violões. Para ele, a musica é algo que faz parte do ser humano e, sendo algo tão presente nos momentos de vida das pessoas, é o que favorece o ensino musical. 

"A aprendizagem musical desde a infância interfere de forma positiva em seu desenvolvimento neurológico, melhorando capacidades como memória, atenção, criatividade e organização, dando a possibilidade de expandir sua inteligência musical e desenvolver os lados direito e esquerdo do cérebro. E também estimula simultaneamente as habilidades de linguagem, a lógica, a compreensão e as aptidões matemáticas de formas distintas, tanto em cálculos quanto em comparações".

Jam session que Celso fez com os parceiros professores do IBVM

Texto: Fábio Cavalcante - @Fabiocbv


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