O que podemos aprender com a cultura oriental sobre o uso de máscaras?

Bem antes da pandemia, os japonês já seguiam uma tradição de usar máscaras faciais como forma de evitar a transmissão de síndromes gripais a outros |FOTO: Pixabay

 

O uso de máscaras deixou de ser obrigatório em Roraima e, mais recentemente, na capital Boa Vista. Ainda que a situação sanitária esteja bastante favorável, se comparada ao primeiro ano da pandemia, talvez seja necessário ter cautela e não deixar de lado os cuidados que vem sendo tomado desde então.

É o que acredita o presidente da Associação Nipobrasileira de Roraima (ANIR)Shiromir Eda. Para ele, é muito importante que a população tenha bom senso, ainda adotando medidas de prevenções necessárias para evitar o contágio, não apenas da covid-19, mas outras síndromes gripais. E isso, tomando como referência a própria cultura japonesa quanto aos cuidados com a saúde. 

Na última quarta-feira (6), o Comitê Municipal de Combate à Covid-19, da Prefeitura de Boa Vista, decidiu desobrigar o uso de máscaras faciais em ambientes fechados. No entanto, pessoas que apresentem sintomas da covid-19 ou gripe, ou que tenham tido contato com caso suspeito e confirmado de covid-19 devem utilizar a máscara.

Shiromir acredita que é de extrema importância o uso de máscaras em locais, por exemplo, onde seja propício a circulação de pessoas com sintomas da covid-19 ou doenças contagiosas, como farmácias, clínicas, hospitais, postos médicos, laboratórios e consultórios, algo já proposto nos decretos tanto do Governo do Estado, quanto da Prefeitura de Boa Vista.

Na visão de Shiromir, a responsabilidade e o cuidado com o próximo devem balizar as ações de cada pessoa nesse momento em que o mundo ainda se encontra em pandemia. O presidente destaca como exemplo a tradição seguida no Japão. Muito mesmo dos primeiros casos de covid-19 surgirem, japoneses já adotavam o costume de usar máscaras faciais quando apresentavam algum sintoma de síndromes gripais.

“Por muito tempo e ainda hoje, muitos acreditam que só quem deve usar máscaras são os profissionais da saúde e pessoas com doenças contagiosas graves. Mas não é bem assim. Os japoneses trazem uma tradição de longa data. Usar máscaras quando estão com sintomas gripais ou mesmo uma leve tosse. Isso não significa que estão com uma doença perigosa, mas sim respeito e que se importam com o próximo, para que os sintomas não sejam transmitidos aos outros. É uma sociedade que predomina o respeito e o cuidado uns com os outros”, disse Shiromir.


"Respeito e amor ao próximo"

Para Shiromir Eda, o uso de máscaras faciais, por exemplo, é um ato de cuidado e amor ao próximo, algo seguido pela comunidade japonesa há muito tempo


Shiromir ressalta que o cuidado e o zelo que os japoneses têm uns com os outros foi de extrema importância para a redução dos casos na Terra do Sol Nascente. E por isso, reforça que a manutenção dos cuidados com a saúde, como o uso da máscara, higienização com álcool em gel e distanciamento social podem contribuir da mesma forma para combater outras síndromes gripais.     

“Vivemos numa sociedade. E o respeito e o bem-estar de todos é muito importante para uma sociedade colaborativa e pacífica. As pessoas devem sempre seguir as orientações de segurança, como foi determinado no início da pandemia (o uso de máscaras, álcool em gel e isolamento/distanciamento). Hoje estamos numa nova fase, mas com muitas experiências desses dois anos. O uso da máscara nos mostrou o quanto nos importamos também com o próximo, pois não é somente evitar que peguemos algo, mas evitar transmitirmos algo ao próximo”, ressaltou.

O presidente finaliza dizendo que, uma vez que o uso de máscaras passou a ser facultativo, as pessoas que decidirem continuar utilizando o item como forma de proteção não devem se sentir constrangidas. “Que se sintam confortáveis em usar, seja em locais abertos ou fechados. Pois ainda haverá muitos criticando, dizendo não ser mais necessário por conta dos decretos do Estado e do município. Mas isso é questão de escolha e bom senso de cada um”.

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