Festival dos Povos da Floresta celebra a diversidade cultural amazônica

 

Ana Lu, Leka Denz, Lionella Edwards e Sinfônica do IBVM estão entre as atrações locais do festival |FOTOS: Divulgação

Boa Vista será a segunda cidade a receber o Festival dos Povos da Floresta, projeto itinerante que celebra e reafirma a potência criativa e a diversidade da Amazônia. O evento gratuito ocorre entre os dias 22 e 28 de agosto, no Teatro Municipal de Boa Vista. Porém, no dia 21 terá um “esquenta” no Espaço Marupiara, a partir das 20h. 

O festival se consolida como espaço de visibilidade, valorização e protagonismo para as artes produzidas pelos povos da floresta, após sua primeira etapa no mês de junho em Porto Velho (RO). Idealizado pela Rioterra e apresentado pela Petrobras por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Ministério da Cultura e Governo Federal), o projeto promove o encontro entre tradição e contemporaneidade, e ainda fomenta um espaço de visibilidade nacional para os povos da Amazônia. 

Segundo a diretora-executiva e responsável pela curadoria musical do Festival dos Povos da Floresta, Aline Moraes, a festa em Boa Vista promete manter e aprofundar o olhar iniciado em Porto Velho, exaltando as mulheres da floresta, a afetividade que conecta a Amazônia ao Brasil e a ancestralidade sonora dos povos originários e mestres de cada território — do movimento Beradero ao Roraimeira. 

“Com atividades gratuitas e acessíveis para todos os públicos, o festival valoriza mestres da cultura popular, coletivos artísticos, artistas indígenas e lideranças territoriais, compondo um mosaico vivo das expressões amazônicas”, disse.

Primeira edição do festival ocorreu em Porto Velho (RO): proposta é sempre reunir artistas, mestres da cultura popular e representantes indígenas em diferentes linguagens artísticas |FOTOS: Divulgação



Atrações 

Thalma de Freitas, Heloise Ferreira e Socorro Lira são algumas das atrações nacionais do festival |FOTO: Divulgação


Na sexta-feira (22), a Orquestra do Instituto Boa Vista de Música (IBVM) se encontra com Eliakin Rufino e Lionella Edwards, dialogando com a ancestralidade do Grupo Kapoi (povo indígena de Roraima, além do elo interoperacional e a conexão com o Brasil, ao trazer pela primeira vez a Boa Vista Thalma de Freitas e Heloise Ferreira com um show que todos irão cantar juntos. 

No sábado (23), Socorro Lira apresenta Dharma, também inédito em Boa Vista, seguido de Do Cangaço ao Seringal, de Patrícia Morais com Anne Louise e a Quadrilha Agitação, valorizando a Amazônia Nordestina. 

Anne Louise, Neuber Uchoa e Zeca Preto também farão parte do festival


No domingo (24), a força ritual da performance do Povo Gavião (RO) antecede o encontro de Binho (RO) e Leka Denz (RR), celebrando a conexão Rondônia–Roraima e encerrando com a homenagem ao movimento Roraimeira, protagonizados por Neuber Uchôa e Zeca Preto convidando Ana Lu e o Bodó Valorizado. Um palco onde memória, afeto e diversidade constroem pontes entre tradição e contemporaneidade.



Exposição 

A programação ainda inclui a exposição Povos da Floresta que reúne obras inéditas de artistas convidados, como Paula Sampaio (PA) e Gustavo Caboco (RR) que assina o logo do projeto, e selecionados por meio de chamamento público, e segue com uma intensa imersão artística e cultural, a qual contempla vídeos de realidade aumentada, produzidos exclusivamente para a interação com o público e curtas que foram selecionados também por meio de chamamento público. A proposta convida o público a vivenciar uma experiência estética profunda, que atravessa o som, a imagem e a relação entre pessoas e territórios. 

Além das atrações musicais e exposições, o festival oferece uma programação formativa com oficinas de vídeo e fotografia com celular, rodas de conversa temáticas e vivências culturais. A proposta é promover o encontro entre tradição e contemporaneidade, estimulando o reconhecimento da Amazônia como território de criação, inovação e resistência cultural.

 

Roteiro nacional 

Depois de Porto Velho (RO) e Boa Vista (RR), o Festival dos Povos da Floresta segue para Macapá (AP), Belém (PA) e Brasília (DF). Em cada cidade, ocorrerão atividades que fortalecem redes de intercâmbio entre artistas, mestres da cultura popular, lideranças indígenas e coletivos culturais, criando pontes afetivas e artísticas em defesa da floresta e de seus povos.

 

Sobre a Petrobras e a parceria 

A Petrobras apresenta o Festival dos Povos da Floresta reafirmando seu compromisso com a cultura brasileira e com a valorização das múltiplas identidades que compõem o país. O patrocínio à iniciativa integra um amplo programa de apoio à cultura popular, como o Festival de Parintins e as festas juninas do Nordeste, promovendo o fortalecimento de expressões artísticas e tradicionais. Por meio dessa parceria, a Petrobras reconhece a cultura como força de identidade, inclusão e transformação.

 

Sobre a Rioterra 

A Rioterra - Centro de Inovação da Amazônia é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e uma Instituição de Inovação, Ciência e Tecnologia (IICT) fundada em 1999. Atua no desenvolvimento de projetos que aliam conhecimento, sustentabilidade e inclusão social, contribuindo para o fortalecimento de comunidades e o desenvolvimento territorial da Amazônia. O Festival dos Povos da Floresta marca a criação do seu braço cultural, ampliando a atuação da instituição no campo das artes e da cultura.

 



Festival dos Povos da Floresta – Etapa Boa Vista

Data: 22 a 28 de agosto de 2025 

Local: Teatro Municipal de Boa Vista

Entrada: Gratuita

Esquenta - Espaço Marupiara: 21 de agosto de 2025 - a partir de 20h.

Mais informações, horários e programação geral:@festivaldospovosdafloresta


Por Felipe Medeiros e Lucas Luckezie



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