Cineasta roraimense comemora prêmio e destaca sobre os rumos do cinema na capital


Alex Pizano e o prêmio de Melhor Direção de Curta-Metragem, no Festival Maranhão na Tela |FOTO: Arquivo Pessoal


Demorou, mas finalmente, os prêmios conquistados no fim do ano passado pelo filme “Cavalgada dos Justos” no Festival de Cinema Maranhão na Tela 2019 já estão em terras roraimenses. A produção venceu em três categorias - Melhor Direção de Curta-Metragem; Melhor Ator Coadjuvante de Curta-Metragem e Melhor Atriz Coadjuvante de Curta-Metragem.

Um dos vencedores, o cineasta Alex Pizano – diretor do curta – comemorou a conquista, que para ele, representa não apenas mais uma vitória em seu currículo como também um marco ao cinema e a toda produção audiovisual em Roraima.

“O sentimento já era de gratidão e felicidade pelo trabalho reconhecido quando fomos anunciados entre os ganhadores meses atrás no festival, recebendo os prêmios. Agora, de forma física, torna tudo ainda mais oficial e mágico. Roraima sendo reconhecida em outros estados por nossos filmes é algo muito, muito gratificante”.

Desde sua estreia em meados de 2018, “Cavalgada dos Justos” tem tido uma trajetória bastante receptiva por parte do público, não apenas em Roraima, mas também em outros estados. Prova disso são os diversos festivais e mostras de cinema a nível de Brasil, no qual o filme teve participação.

Cavalgada dos Justos venceu em três categorias no Festival de Cinema Maranhão na Tela 2019 |FOTO: Norte Produções

Até agora, o curta já passou por eventos como: 2° Festival de Jaraguá do Sul (SC) 2019 - Prêmio de melhor figurino; 12º Mostra Audiovisual Campinas SP 2019; Mostra Sesc de cinema 2019 e Festival de Cinema de Santo Ângelo (RS), além do Festival Maranhão na Tela.

“Quando abriu as inscrições para o festival [Maranhão em Tela], vimos uma oportunidade de competir com nosso filme. Além de ter sido selecionado, que por si só já era uma vitoóia, ainda saímos da edição 2019 com 3 prêmios principais. Direção, Atriz e ator coadjuvante”, festeja o cineasta.

A covid-19 e a produção audiovisual

A pandemia de coronavírus paralisou as atividades comerciais e culturais em todo o planeta. E com o cinema não seria diferente. Alex, por exemplo, estava no meio da pós-produção de seu mais novo filme, Palasito, cuja estreia estavaprogramada para acontecer entre junho ou julho deste ano.

“O cinema, sem dúvidas, foi uma das mais atingidas, seja pelas redes de cinema comercial, seja nos festivais e mostras de cinema grandes e independentes, além, claro, das próprias produções em desenvolvimento. Agora, estamos aos poucos retomando de forma cautelosa a pós-produção de ‘Palasito’, mas ainda sem data definida para uma nova estreia”, ressalta.

Além disso, Pizano comentou sobre a possibilidade de reabertura dos cinemas, ainda sem previsão. O cineasta afirma que é preciso cautela por parte de todos os agentes envolvidos e pede, principalmente, que a população em geral cumpra com todas as recomendações sanitárias.

“Tudo é um novo normal a partir de agora. Enquanto não temos uma vacina eficaz contra a covid-19, a vida retoma em todo o mundo de forma cautelar. Mas a verdade é que o brasileiro ainda não está preparado para uma retomada geral, como temos visto Brasil afora. Ao meu ver, nesse momento, o cinema ainda deveria esperar mais um pouco para reabrir. Mas, cada um sabe da sua responsabilidade, ou deveria saber”.

Além disso, a pandemia trouxe, na visão de Alex, uma considerável mudança no que se diz respeito a produzir cinema. “A verdade é que um novo cinema de consumo cresceu nessa pandemia e são as plataformas de streaming. O cinema vai mudar de forma significativa em 2021”, finaliza.






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